O ponto de partida para o entendimento desse conceito é que existem diferentes estilos de aprendizagem e diferentes inteligências em quaisquer espaços ou situações de aprendizagem (já que teremos pessoas diferentes nesses espaços) e, então, não deveríamos pensar que todas as pessoas aprenderão da mesma forma, no mesmo ritmo e com os mesmos recursos e estratégias. Por exemplo, algumas pessoas terão mais facilidade para aprender assistindo a um vídeo, outras fazendo a leitura de um texto, outras ouvindo um palestrante ou um líder discursar, outras precisam “colocar a mão na massa” e aprender fazendo ou ainda ouvindo um podcast sobre o assunto.

Além disso, as oportunidades de aprendizagem também são diferentes para cada pessoa: mais ou menos tempo disponível, ter ou não acesso a alguns recursos (internet, plataformas de aprendizagem), ter ou não um local adequado para estudar, ter conhecimentos/experiências anteriores diferentes.

A aprendizagem adaptativa tem sido, na maior parte dos casos, associada ao uso de uma plataforma adaptativa para criar trilhas de aprendizagem individualizadas de acordo com preferências, gaps, ou níveis de complexidade de conteúdos. Esse ambiente virtual de aprendizagem deve gerar dados – de acordo com as interações, respostas e avaliações dos colaboradores –  a partir dos quais seja possível sugerir o percurso de aprendizagem incluindo ou alternando sequências de conteúdos, personalizando  avaliações, caminhos ou temáticas complementares. 

Ter uma plataforma adaptativa facilita muito esse trabalho uma vez que os dados são gerados em tempo real por algoritmos, o que mostra lacunas, dificuldades e potenciais, números e momentos de interações que, muitas vezes, não podem ser observados ou medidos, manualmente, pelo gestor. Além disso, a plataforma pode gerar planos individuais de aprendizagem. Imagine se um gestor precisasse elaborar um plano de aprendizagem para cada colaborador?

Há diversas possibilidades de explorarmos a aprendizagem adaptativa. Vamos conhecer algumas?

E se eu não tiver uma plataforma?

Quando a empresa não possui uma plataforma adaptativa que gere relatórios de performance individuais para cada colaborador, o desafio é, significativamente, maior. O gestor ou responsável poderá captar feedbacks por meio de atividades de brainstorming que investigam concepções prévias (e, portanto, indicam o conhecimento de parte da turma, concepções de senso comum que devem ser trabalhadas, expectativas e/ou interesse no conteúdo, lacunas de aprendizagem); usando diferentes formas de avaliação – de modo que colaboradores tenham diferentes formas de demonstrar o que aprenderam e o que não aprenderam.

No entanto, – pensando no número de horas despendidas e na possibilidade de observar o desempenho de 30 colaboradores ao mesmo tempo – é pouco provável que um gestor consiga, sozinho, analisar cada um dos feedbacks e avaliações e, então,  trace percursos individuais de aprendizagem para cada colaborador. Imagine, por exemplo, uma empresa que tenha várias filiais em diferentes cidades e estados do país.

O uso da plataforma, portanto, otimiza o trabalho do gestor e facilita essa personalização já que pode sugerir e estruturar trilhas de aprendizagem personalizadas. Além disso, os relatórios indicam um caminho de partida, continuidade ou lacuna de aprendizagem de acordo com o qual você pode replanejar. 

Quando você não tem a plataforma e a obtenção desses dados fica inviável, o ponto de partida para personalizar a aprendizagem é usar diferentes recursos e estratégias.

Você pode combinar vários recursos, usar um mesmo recurso de diferentes formas, apresentar os conteúdos em diferentes formatos e níveis de profundidade. Por exemplo: 

  • Atividades em grupos; 
  • Debates; 
  • Simulações (tipo role-playing); 
  • Gamificar percursos; 
  • Lançar desafios ou problemas reais.

Lembre-se de que você poderá personalizar “mais” ou “menos” e qualquer que seja o grau de personalização, você contribuirá para potencializar os resultados pela aprendizagem.

Trata-se, portanto, de pensar em diferentes possibilidades para estruturar cursos, treinamentos ou reuniões de um tema específico. Uma roda de conversa, debates, uso de problemas ou projetos, uso de vídeos, uso de storytelling, uso de recursos tecnológicos digitais, uso de textos em diferentes formatos (artigos de revista, notícias, textos paradidáticos), exploração de diferentes linguagens (oral, escrita, visual).  Isso porque, quanto mais formas de ensinar, maior a chance de atingir diferentes estilos de aprendizagem e mais pessoas aprenderem. 

Durante um treinamento você pode, por exemplo, usar a  rotação por estações. Os colaboradores, divididos em pequenos grupos, fazem um rodízio por essas estações de aprendizagem, cada uma com diferentes atividades acerca de um mesmo tema central, foco do treinamento. Ou seja, você pode usar diferentes recursos para abordar o mesmo conteúdo e esses recursos poderiam apresentar diferentes graus de complexidade e/ou dificuldade. 

É importante fazer uso de tecnologia digital em pelo menos uma delas. Por exemplo, em uma das estações, os colaboradores podem, individualmente, fazer a leitura de um texto; em outra assistir a um vídeo; em outra escrever um texto dissertativo (em grupo ou individualmente) e, por último, resolver um desafio ou contar uma história. 

O trabalho em cada estação deve ser independente das outras, ou seja, precisa ter começo, meio e fim, sem exigir um exercício prévio. Isso porque cada grupo vai começar em uma estação diferente e circular a partir daí.

Em resumo, se a sua empresa não têm uma plataforma adaptativa e você quer criar possibilidades de uma aprendizagem personalizada:

  • Escolha diferentes recursos e estratégias para abordar um mesmo conteúdo durante um curso ou treinamento.
  • Proponha diferentes objetivos de aprendizagem (não esqueça de alinhar cada objetivo a uma das estratégias). 
  • Diversifique as formas de avaliação.
  • Use os feedbacks das avaliações para reestruturar o curso ou incluir novo conteúdos. 
  • Mude a sequências das atividades, inclua atividades ou conteúdos, mude o nível de dificuldade das atividades e o nível de aprofundamento dos conteúdos.
  •  A rotação por estações é uma estratégia que poderá contribuir muito para o desenvolvimento de uma proposta de treinamento personalizado. 

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