O vídeo é um recurso que poderá ser usado para abordar conteúdos em um curso presencial ou online. Para tanto, você precisará pensar em objetivos e orientações específicos: Por que escolheu o vídeo? Há uma orientação específica para o colaborador? (por exemplo: um contexto, um trecho de maior atenção, uma pergunta que deverá responder ao final, uma provocação), Por que assistir?

As estratégias para abordar um vídeo são inúmeras e você poderá usar a criatividade e escolher a mais adequada de acordo com o formato e objetivo do treinamento ou curso em questão. 

Vídeo como sensibilização

O vídeo pode ser utilizado para introduzir um novo assunto e promover o envolvimento com o tema. Suponhamos que você dará um treinamento sobre segurança no trabalho e gostaria que os colaboradores assistissem a vídeos com depoimentos de pessoas que já sofreram acidentes por falta de estrutura, EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) ou outros cuidados técnicos. É como se o vídeo fosse uma “isca” para atrair colaboradores para a trilha de conteúdo. É importante que eles percebam o quanto aquele conteúdo poderá ser útil para o cotidiano no trabalho e porquê poderá ajudá-lo em determinadas situações. 

Vídeo como ilustração

O vídeo ajuda a compor cenários desconhecidos ou distantes dos colaboradores ou ainda reproduzir processos complexos que precisam de locais ou instrumentos muito específicos. É possível, por exemplo, mostrar cases de outras empresas para usá-los como exemplo sem, necessariamente, ter que levar os colaboradores a cada uma das empresas.Suponhamos que você está apresentando um processo novo (update) e gostaria que os seus colaboradores soubessem como ele é feito em outros lugares. Além disso, mostrar processo ou cases novos pode estimular os colaboradores de determinado setor a pensarem em reformulações ou propostas inovadoras. O contato com o que há de novo é fundamental para mantê-los atualizados, criativos e abertos a mudanças e novidades. 

Vídeo como avaliação

O vídeo pode registrar o andamento de um projeto ou de qualquer outro processo que seja desenvolvido na empresa. Ele poderá ser usado para avaliar as etapas, identificar pontos falhos ou ainda para dar feedback aos seus colaboradores.

Vídeo como ferramenta para Gestão do Conhecimento (GC)

Os vídeos de avaliação e ilustração podem fazer parte de uma trilha usada como prática de Gestão do Conhecimento. Os principais processos e ações realizados na empresa podem ficar registrados como uma forma de reter, transferir e atualizar o conhecimento entre todos os colaboradores e constituir um material usado na integração de novos (onboarding).

Vídeo como microlearning

Os vídeos podem ser produzidos em diferentes formatos.Um deles é o microlearning.Trata-se da produção de conteúdos de fácil entendimento, objetivos e curtos. Você poderá usar videografismos diferentes para objetivar ainda mais a temática e destacar alguma parte do conteúdo. Esse formato fornece aos colaboradores foco na informação e controle sobre o fluxo de conteúdo. As estratégias de micro-aprendizagem não exigem um período de atenção prolongada do colaborador e podem resolver um  problema rapidamente.Use pequenos vídeos para ilustrar questões importantes que acontecem na empresa e que os seus colaboradores irão consultar em algum momento.

Ao invés de fazer uma pesquisa longa, que usará muitas horas do seu dia de trabalho ou ainda assistir a vídeos longos para identificar uma pequena parte que trata do assunto de interesse, o colaborador poderá encontrar assertivamente determinada informação sem investir muito tempo. Pense, por exemplo, em uma nova funcionalidade ou característica de um produto; uma nova política ou regra de trabalho que precisa ser comunicada a todos os colaboradores. 

Vídeo como atividade prévia no modelo sala de aula invertida

O vídeo poderá, também, ser uma atividade prévia quando você usar a sala de aula invertida como metodologia para os treinamentos. Antes de um momento presencial com os seus colaboradores, eles deverão ter um primeiro contato com o tema. Esse contato poderá ser feito por um vídeo – em qualquer um dos formatos já citados e, estar ou não, no formato de microlearning. A ideia é que o momento presencial não seja de exposição de uma temática (pois isso os colaboradores já fizeram quando assistiram ao vídeo), mas de problematização, debate, simulação e troca de ideias. 

Cuidados/alertas

  • Ao escolher o vídeo para ser parte de um treinamento online ou presencial, pense nos objetivos, na estrutura e na estratégia que deverá acompanhá-lo. Procure deixar essas orientações claras aos colaboradores: contextualize, dê instruções e caminhos para a interação com esse recurso. 
  • Caso o vídeo não seja inédito ou produzido de acordo com um roteiro personalizado – seja resultado de uma curadoria, por exemplo – assista-o até o final, analise a complexidade/densidade/posicionamento dos conteúdos e veja se ele está adequado para o público-alvo.
  • O vídeo é um recurso e, portanto, o gestor deve especificar a estratégia que o colaborador deverá seguir. Dessa forma, não é adequado exibir o vídeo sem discuti-lo, sem integrá-lo com o assunto do curso, sem indicar e/ou problematizar alguns momentos que merecem maior atenção. 
  • O vídeo é uma das possibilidades para estruturar um treinamento. Procure diversificar os recursos quando possível (podcasts, textos, infográficos, imagens).

Já usou vídeos com objetivos diferentes dos apresentados aqui? Tem outras ideias? Explore o uso dos vídeos de diversas formas na elaboração de treinamentos e amplie o leque de possibilidades de aprendizagem!

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